O compositor e guitarrista Victor Biglione nos aproxima do universo da leitura e do cinema, onde buscou grande parte da sua influência musical.
Na companhia da cineasta Tata Amaral, vamos até a exposição “Cinema Novo”, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Em meio a tantos cartazes, estão os registros históricos de uma época que influenciou muitas gerações de músicos e de grandes artistas.
Nascido na Argentina em 1958, Biglione veio com a família para o Brasil ainda criança fugindo da ditadura militar. Já tocou com mais de 300 artistas do mundo todo, lançou 16 discos e hoje é um nome coroado de sucesso e talento a serviço da música brasileira.
E para continuar falando de cinema e trilha sonora, seguimos até o estúdio do compositor Antonio Pinto, quem compôs as trilhas sonoras de filmes como “Central do Brasil” (1998), “Abril Despedaçado” (2001) e “Cidade de Deus” (2002).
Numa conversa descontraída, os compositores falam de como apresentam os temas e os instrumentos da cultura nacional para dar o tom mais próximo às narrativas no cinema.
Sobre o palco do teatro Anchieta, no Sesc Consolação, o músico fala das suas grandes parcerias e da necessidade em resgatar o violão de aço brasileiro. Com formação jazzística, Bigliione apresenta o seu trio e fala da influência da música cigana e do blues.