Para contar a trajetória de um dos maiores acordeonistas brasileiros, o Passagem de Som vai até São Bernardo do Campo para uma cerimônia gaúcha bastante tradicional: o churrasco. É lá, onde várias gerações de acordeonistas e violonistas são recebidos pelo mestre e anfitrião Oswaldinho do Acordeon.
Numa tarde de chuva, Oswaldinho e Borghetti contam histórias e revelam parte da trajetória de cada um dos músicos. Oswaldinho é carioca. Ganhou a sua primeira sanfona do pai e aos 12 anos já era músico profissional. Renato Borghetti é gaúcho. Começou a tocar aos dez anos de idade e com o seu primeiro LP "Gaita Ponto", de 1984, vendeu mais de 100 mil cópias e trouxe para a música instrumental brasileira o primeiro Disco de Ouro.
As parcerias foram muitas. Uma delas é com o violonista e compositor Arthur Bonilla, quem acompanha Borghettinho com o seu violão de seis cordas. Os músicos foram apresentados por outro grande violonista, o músico Yamandu Costa.
Já no palco do Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, o músico diz que se considera instrumentista do que compositor. Ele fala da arte de imprimir a sua concepção com uma linguagem moderna para temas gaúchos bastante tradicionais, alguns até de domínio público.