Numa quadra de escola de samba no bairro de Itaim Paulista, Zona Leste de São Paulo, o choro se fez presente na vida dos integrantes do Quarteto Pizindim e pediu passagem. As rodas semanais foram aproximando Rodrigo Carneiro (vilão 7 cordas), Rafael Esteves (bandolim), Emerson Bernardes (cavaquinho) e Claudinho Martins (pandeiro e percussão), incluído após a saída de Koka Pereira. A cena do choro paulista é bem conhecida na região central e oeste da capital paulista e o grupo faz questão de apresentar “O Som que Vem do Leste”, nome que leva o segundo disco do grupo.
A prática de tocar em conjunto já acontecia quando decidiram participar do Festival Assad. Foi o apelido de Pixinguinha, um dos maiores responsáveis pela linguagem do choro, o nome escolhido por eles para concorrem com outros 35 grupos do Brasil. E parece que deu sorte! Tendo como plateia Odair e Sérgio Assad, Alessandro Penezzi, Luis Nassif, Zé Barbeiro, Roberta Valente entre outros músicos renomados, conquistaram o primeiro lugar da premiação, consolidando a formação do quarteto.
“Rememorando” foi o repertório escolhido para o show que apesar de ter sido o primeiro trabalho a ser gravado, acabou sendo engavetado por anos. Na pandemia veio a oportunidade de retomar o projeto. Neste exercício de olhar para o início do grupo, os músicos conhecem a Sociedade Amigos da Vila Ré e Região - um antigo reduto do choro - para um encontro com o violonista Marcelo Monserrat. Aluno de Dino 7 Cordas, violonista dos regionais de Benedito Lacerda e de Canhoto, Marcelo conta histórias, compartilha aprendizados e lembranças.Machado.