De passagem pela cidade de São Paulo, o baixista mineiro Pedro Gomes segue até o Movimento Cultural Ermelino Matarazzo para conhecer o projeto Favela Instrumental. A ocupação fomenta a cultura e a formação artística não convencional na periferia da cidade, descentralizando de forma horizontal e acolhedora as manifestações culturais da população periférica.
Filho do violonista Wilson Dias, Pedro mistura em sua formação erudita suas influências populares. Como herança cultural, o baixista traz a viola caipira, a congada mineira e as raízes afro-brasileiras em uma cadência jazzística entre o som da guitarra, piano, baixo de seis cordas, trombone, saxofone e bateria.
Sobre o palco do Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, o músico fala do repertório autoral do disco “Magma” e das releituras de músicas populares e muito simbólicas do consciente cultural brasileiro, como “Procissão”, de Gilberto Gil.