Nascido carioca, filho de baiano com alagoana, Oswaldinho do Acordeon começou mesmo na zambumba, mas foi aos poucos, tomando emprestada a sanfona do irmão que o músico arriscou as primeiras notas na sanfona.
Filho de Pedro Sertanejo, foi em São Paulo que Oswaldinho ganhou maior impulso pelo instrumento quando o pai, proprietário da primeira casa de forró na capital paulistana, expandiu o negócio e fundou a gravadora Cantagalo, por onde passaram músicos como Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e tantos outros.
E para lembrar parte dessa história, seguimos até Guarulhos, na grande São Paulo, para encontrar com o músico Castanheiro, braço direito do pai de Oswaldinho e grande parceiro nas suas primeiras apresentações como sanfoneiro.
A tarde é marcada com outra presença ilustre, com a cantora e compositora Anastácia. Ela relembra da presença dos músicos em vários de seus trabalhos. Anastácia foi esposa de Dominguinhos, com quem compôs o clássico do forró "Eu só quero um xodó".
Foi também na Cantagalo que Oswaldinho gravou o seu primeiro disco, aos oito anos de idade. Hoje, já tem mais de 20 álbuns gravados e tocou ao lado de grandes nomes da MPB como Elba Ramalho, Caetano Veloso, Jackson do Pandeiro, Raul Seixas, Ney Matogrosso, Nara Leão, entre outros.
Na cidade de Jaú, em São Paulo, encontramos com o professor italiano Dante D´Alonzo que depois do pai, foi para Oswaldinho o seu segundo grande mestre. As aulas com Dante começaram em São Paulo, em 1976, quando o acordeonista iniciou os estudos na música clássica e nunca mais parou de se aperfeiçoar.
Ao misturar, ritmar e adaptar temas eruditos para o forró, ganhou o mundo com os primeiros convites para tocar em festivais internacionais de música, que inserem o músico como um dos maiores acordeonistas do mundo na atualidade.
Sobre o palco do teatro Anchieta, no Sesc Consolação, o músico divide a cena ao lado de grandes músicos. É lá que Oswaldinho fala da zabumba como grande fonte de inspiração, ao lado da mistura e das influências com guitarras, contrabaixo e a sanfona com pedal, mistura que um dia foi considerada como uma ousadia à época em que começou a compôr.