Em Perdizes, São Paulo, o violonista João Rabello segue o ateliê do artista plástico Newton Mesquita. Entre as principais semelhanças no trabalho de ambos, está o ambiente solitário, as objetividades e as subjetividades de cada arte.
João Rabello é filho do cantor e compositor Paulinho da Viola, e a tradição musical na família não para por aí. Pelo lado paterno, ele é neto do violonista César Faria, fundador do grupo Época de Ouro. Pelo lado materno, é sobrinho do mestre do violão de sete cordas, Raphael Rabello.
Do ateliê, João faz uma parada na casa de um dos maiores violonistas clássicos do Brasil: Fabio Zanon. De conversa fácil, Fabio conta de quando descobriu algumas músicas instrumentais poucos conhecidas compostas por Paulinho da Viola, quando chegou a gravar a inédita "Itanhangá", em 2016.
Apaixonados pelos seus instrumentos, João conta do Sugiyama número 81 que herdou do pai. E depois, visita a fábrica Sugiyama, marca dos violões feitos pelo luthier Shigemitsu Sugiyama. Na ocasião, o músico recebe um breve reparo no conservado violão de mais de 30 anos.
Já sobre o palco do Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, o violonista fala da escolha do repertório que abarca diferentes momentos da sua carreira e de outros compositores, bem como do trabalho realizado em parceria com os músicos convidados.