Em um reduto do choro paulistano, o Requinte Vinho Bar, no bairro Sumaré, Jane nos aproxima da sua história de roqueira bandolinista, que já começou com “o pé na porta” abrindo caminhos às mulheres nesse meio musical.
Filha de um pastor batista e também bandolinista, Jane do Bandolim aprendeu a tocar muito cedo. Foi ainda na adolescência, no antigo Café Society do bairro Bixiga, que a bandolinista conheceu o seu mestre Walter Veloso e o padrinho musical Izaías Bueno de Almeida, ambos do Conjunto Atlântico, cena tradicional do chorinho paulistano da década de 1980.
Já o nome artístico foi dado por Dominguinhos, quando Jane estreou no programa “Alegria do choro”, da TV Cultura. Esse era apenas o início de uma carreira artística e de ensino, sendo ela a primeira a lecionar bandolim na EMESP (Escola de Música do Estado de São Paulo).
Sobre o palco do Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, Jane do Bandolim está acompanhada de Betinho Sodré (pandeiro), Lula Gama (violão) e Marcelo Cândido (cavaquinho). Juntos, eles falam do repertório clássico pautado em uma longa estrada nas rodas de choro.