Um projeto dedicado a apresentar ao público a obra de Alegre Corrêa como forma de retribuir o atravessamento sonoro vivido pelo contrabaixista Eduardo Machado, ao ouvir as músicas deste compositor sulista contemporâneo, que viveu mais de 20 anos em Viena.
A história de Eduardo com o baixo começou por decisão do pai que sempre apreciou os graves da música caipira, das guarânias sertanejas e desejava que o garoto aprendesse o instrumento, ao invés da bateria. E, a partir de então, Eduardo se encontrou e passou a se dedicar aos estudos. Por dois anos ele se deslocava de Franca a São Paulo, numa viagem longa, para fazer aulas com o renomado baixista Celso Pixinga. Depois teve a oportunidade de estudar no Bass Institute of Technology, em Londres e, no seu retorno, graduou-se no conservatório de Tatuí.
Em um passeio pelo centro de São Paulo acompanhado pelo cantor Zé Geraldo, Eduardo relembra como conheceu o cantor e teve a oportunidade de tocar em sua banda, substituindo seu professor, Carlito Rodrigues. O cantor expressa sua admiração por Eduardo, são só pelo seu rigor técnico, mas como estruturou sua carreira, considerando que a música instrumental no Brasil tem ainda um público em formação.
Acompanhado de Marcio Bahia na bateria, Jota P no sax e na flauta, Gil Reis ao teclado, Thiago Carreri na guitarra, o baixista apresenta as composições de Alegre. “Tem músicas, por exemplo, como a “Encontro das Águas” que é a melhor versão. A versão dele é muito mais bonita que a versão original que está no disco”, afirma o próprio Alegre. Em um depoimento emocionado, Alegre reconhece a importância de receber em vida, uma homenagem como essa de Eduardo Machado.