Isolamento social causado por uma pandemia com proporções mundiais, diante de um cenário político-econômico caótico, foi o que disparou uma série de emoções e sentimentos nesse período. A partir dessa reflexão, durante o ócio criativo forçado por esse contexto, o saxofonista Dô de Carvalho produziu a “Suíte Pandêmica”, em que cada composição leva o nome de um sentimento.
Neste programa vamos conhecer a trajetória do músico que tem seus estudos iniciais dentro da igreja evangélica, principalmente através da figura de seu pai, Izaías Antonio de Carvalho, e que vai tomando contato com outros universos sonoros, a partir das aulas com Silvio Dipieri. “Já de cara, a gente identificou que ele tinha um talento diferente. Foi meteórico, mas era de se esperar porque ao longo do tempo que a gente teve trabalhando na igreja, ele não só se destacou como consumia muito material avançado no estudo do saxofone”. E esses estudos avançados foram a partir de Coleman Hawkins, Lester Young, Charlie Parker, Sonny Stitt, Sonny Rollins, Joe Henderson, John Coltrane, dentre outros.
Conhecendo os percursos de Dô e o quanto seu pai foi o “alicerce para formação musical” como define o próprio músico, é fácil entender a emoção de seu Izaias ao compartilhar suas lembranças. Superando toda “Expectativa”, nome que leva uma de suas composições deste trabalho, Dô vive a “Euforia” de voltar aos palcos, acompanhado por Pablo Marques no trompete e flugelhorn, Fabio Oliva no trombone, Natalia Mitre no vibrafone, Vanessa Ferreira no contrabaixo acústico e João Casemiro na bateria. Sua música, dentre tantos outros sentimentos, expressa o “Amor” com que vem se dedicando à música.