Foi em uma rápida passagem por Istambul que o músico Dirceu Melo encontrou com a baglama, instrumento de cordas descendente da antiga pandura. De origem oriental, o músico une a sonoridade árabe do instrumento aos ritmos como o blues e o baião.
Na companhia dos músicos seguimos até o Morro do Querosene, em São Paulo. Na casa do vocalista e compositor Nasi, da banda Ira!, os músicos falam sobre rock brasileiro, música nordestina e blues, além de relembrar um dos primeiros shows de Chico Science e a Nação Zumbi, quando ainda tinha o nome de "Loustal".
O fundador do quinteto Dirceu Melo, surgiu no cenário musical de Pernambuco com o movimento Manguebeat, nos anos 1990. Ele foi cantor e guitarrista da banda “Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis”, que fez sucesso com uma versão de “O cheiro de Carolina”, música de Luiz Gonzaga.
Em Santo Amaro, São Paulo, seguimos na companhia do músico e ator Ricardo Côrte Real. O artista tem uma extensa carreira de mais de 40 anos e toca em duas bandas de blues: “Côrte Legal” e “Blues 4 Fun”, além de apresentar programas de rádio sobre o gênero musical.
De improviso, os músicos falam das principais influências do blues, passando por New Orleans e Chicago, até chegar ao Nordeste brasileiro e à cidade de Recife, em Pernambuco. A conversa só para na hora em que eles tocam o clássico “The Thrill Is Gone”, de B.B. King.
Já sobre o palco do teatro Anchieta, no Sesc Consolação, os músicos trazem um pouco mais da formação do quinteto que ao misturar o blues com o baião e ritmos nordestinos, criam um som original que é brasileiro e, ao mesmo tempo, universal.