O violonista Bina Coquet vai ao antigo prédio da auditoria de São Paulo, no bairro do Bixiga, para conhecer o espaço que está sendo transformado no Memorial da História Política. Naquele espaço, ele relembra de alguns acontecimentos políticos que, por ironia do destino, o engajaram na música enquanto morava nos Estados Unidos, no começo dos anos 2000.
Esse intercâmbio cultural e político na carreira do músico trouxe de herança o violão do jazz cigano, difundido por Django Reinhardt. Com o seu violão e a forma de tocar “gypsy jazz”, ou ainda, o jazz Manouche, Bina Coquet mistura suas referências, inclusive a do choro, dando uma linguagem mais brasileira e original ao instrumento.
No palco do Instrumental Sesc Brasil, Bina Coquet e seu quarteto trazem uma sonoridade que remete ao passado mas que também é atual, com releituras de músicos como Lulu Santos, em uma conversa musical de estilos, temporalidades e culturas.