Ao desembarcar em São Paulo, o Passagem de Som segue com o guitarrista e arranjador Arthur Verocai pelas ruas de São Paulo. Entre memórias e parte da sua trajetória, o músico logo nos aproxima de como iniciou a sua relação com a música, que veio desde cedo.
Seu avô tocava violão na época do Pixinguinha. Já o pai, vivia comprando flautas no camelô para tirar as músicas de ouvido e as coleções de vinil em 78 rotações também deram os primeiros impulsos.
Nascido em 1945, no Rio de Janeiro, o músico se formou em engenharia civil mas já aos 24 anos começava a atuar como músico profissional e logo chegou aos grandes festivais da canção, ao final dos anos1960.
Músico, compositor e arranjador, Arhtur já trabalhou com grandes estrelas da música nacional como Ivan Lins, Jorge Benjor, Erasmo Carlos, Marcos Valle, dentre outros.
Em 1972, lançou o seu primeiro álbum em resposta às críticas que vinha recebendo. Como um ponto de inflexão na sua trajetória, o disco ficou adormecido durante anos pelo baixo apelo comercial, até ser relançado nos Estados Unidos, em 2003.
Temas como “Caboclo” e “Na Boca do Sol” foram sampleadas por rappers e djs como Little Brother e Ludacris, ganhando novas projeções ao mercado internacional.
Na casa do DJ Nuts, em meio a uma extensa coleção de vinis, o encontro revela uma amizade que foi difícil de engatar, mas que hoje rende bons frutos com direito a grandes produções no exterior.
De volta ao palco do teatro Anchieta, no Sesc Consolação, os músicos contam como foi o encontro da banda e como deram início a essa grande trajetória.